segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

As melhores coisas de 2018.

*Ninguém solta a mão de ninguém. A melhor atitude é se preparar para a luta.


Esse foi o ano de agir e se posicionar politicamente. Madonna no ELE NÃO.


Esse foi um ano de muitas desilusões e desgostos. Foi um ano de abaixar a cabeça e aceitar certas decisões de cima para baixo mas acima de tudo com o pensamento de levantar com força daqui para frente e lutar para ser ouvido e se fazer ouvir. A melhor coisa desse ano foi o movimento ELE NÃO. Eu compreendo que de fato já era tarde demais, mas o som da contestação mostra a todos nós, pessoas de bem, que existe sim um sinal de não aceitação ao neofascismo encabeçado pelo capitão, deputado federal por 27 anos, politico nanico que ganhou estatura de outsider com discursos racistas, homofobicos, misogino e tudo o que for possivel imaginar de ruim. Ele é o novo presidente do Brasil e representa a imagem do país, que já era debilitada e agora vai caducar de vez. Entretanto os movimentos democráticos que se formam em torno desse novo governo é a melhor coisa de 2018. A democracia não é o melhor dos governos, mas é o melhor que dispomos para construir igualdade e liberdade. A imprensa deve ser enaltecida. Assinem jornais e revistas que se posicionarem a favor da liberdade de expressão e contra Bolsonaro. Agir é a palavra do momento. Segundo o dicionário Oxford, 'tóxico' foi a palavra de 2018. Que seja 'ação' a de 2019. Ação contra o medo e a ofensa.

Agora além desse chamado a ação que foi o ano de 2018, reservo as coisas que mais apreciei nesse ano que já vira velho. Livros, canções, filmes, albuns, exposições, shows, séries de TV. Tudo ai embaixo como forma de experimentarmos o que a arte e a literatura nos ofereceu nesse ano. Voilá.

Livros

Fascismo, um alerta. Autora: Madeleine Albright. Publicado em 10 de Abril de 2018


Se esquecer do passado virou regra desses novos tempos em que redes sociais dominam a compreensão de mundo dos jovens e adultos. Esquecer de ditaduras, de guerras, do sangue derramado para que hoje tenhamos um ambiente em que jornais e revistas podem falar abertamente sobre tudo. O fascismo sempre esteve a espreita, mas somente nos dias de hoje quando muitas sociedades querem soluções fáceis para problemas dificeis, é que ele toma espaço e cria raiz. A ex-Secretária de Estado dos governos Bill Clinton escreve a obra literária de 2018, essencial para resgatarmos o que nós seres humanos fomos um dia e construir um pensamento mais inteligente sobre o mundo em que vivemos. Relembrar do fascismo traz ecos diretos a um presente que vemos diariamente nas manchetes e esse não é um mundo que devemos aceitar, mas um mundo que devemos continuar evitando. E de olhos bem abertos, vigiar-nos.




Canções

Rock'n Roll. Cantor: Nando Reis. Escrito por José Gomes Fernando dos Reis.

Em algum momento, virou o tempo
Um deslizamento derramou cimento
Entre a loucura e a razão
Já não há silêncio, tudo é barulhento
Muito movimento, pouco pensamento
Sobra opinião
Todos similares
Carregam nas mãos seus celulares
Rostos singulares
Se tornam vulgares em meio à multidão
Mas eu ainda canto meu rock 'n' roll
Eu ainda canto meu rock 'n' roll



São 08:44 minutos em que o grande músico Nando Reis destricha a sociedade brasileira e o atual panorama politico e social do país. As criticas as ações de partidos e grupos de pessoas que causam embaraço a história de um país como o Brasil. Uma obra-prima para ser ouvida em tom de relato, sincero e honesto de um dos maiores nomes da música brasileira, desde a época dos Titãs.

Filmes

Vida Selvagem (Wildlife, 2018). Direção de Paul Dano. Escrito por Paul Dano e Zoe Kazan.


Fissuras que mais aproximam que distancia, em Wildlife, de Paul Dano.
É impossível escolher um filme apenas. A lista tem que passar por Roma, de Alfonso Cuáron, Infiltrados no Klan, de Spike Lee, Aniquilação, de Alex Garland, Em Chamas, de Lee-Chang dong, A Favorita, de Yorgos Lanthimos, mas aqui fico com um em especial que vi em Outubro na Mostra de São Paulo e me tomou de assalto e sempre tenho sobressaltos quando me lembro do filme. É o Vida Selvagem, do incrivel e surpreendente excelente diretor Paul Dano. Sim, o ator que ficou famoso em Pequena Miss Sunshine entre outros filmes, se revela um roteirista também de mão cheia, onde ele divide a escrita com a também atriz Zoe Kazan. O resultado é um filme tão forte, na intensidade dos diálogos e na forma como os atores criam discussões e trejeitos. Carey Mulligan e Jake Gyllenhaal são dois fenômenos da natureza ao lado do garoto Ed Oxenbould. O filme ganha proporções muito maiores ao tomar todos os eventos do ponto de vista do garoto Joe. Os seus pais Jerry e Jeanette se apaixonarem no passado e hoje vivem juntos com o filho. O pai resolve em um belo dia, discontente de sua vida, ao ser demitido de um emprego de engraxate, entrar em um grupo de bombeiros voluntários. A sua mãe transtornada pelo desprezo do marido, busca consolo nos braços de um magnata (Bill Camp). Um filme que é relevante ao mostrar os sobressaltos do papel da mulher e do homem em sociedade e joga luz sobre dores que transformam a todos. Gosto de filmes 'coming of age' e esse filme é um raro exemplo de filme que vai além e se adequa a um cinema adulto e intenso, onde o final nunca fica muito claro para onde vai te levar.


Albuns

Death Cab For Cutie - Thank You For Today. Lançado em 17 de Agosto de 2018.



O que a banda formada em Berlingham, Washington lançou em 2018 é sem dúvida o seu mais aberto e pop albúm possível. Em meio a 10 faixas que tomam apenas 39 minutos do tempo do ouvinte, 'Thank You For Today" é um album de agradecimentos a vida. Aos dias que passam a sombra de más noticias, a amores que partem o nosso coração, ao sorriso de um semelhante, aos desafios do dia-a-dia. O vocalista Benjamin Gibbard escreve uma de suas mais inspiradas canções sobre nostalgias, a sensação do tempo que passa e desaparece. Em "When We Drive", a sensação de um carro em movimento enquanto vemos passar lugares e nossos dias de vida. O coração bate forte ao vermos pessoas passarem em meio a canções que falam em baladas que doem ao passar, como lembranças de um passado que todos nós temos em vida. Destaque para "Near/Far", "60&Punk" e a certeira e agitada "Gold Rush".


Exposições

Histórias Afro-Atlânticas. MASP. Exposta de 29 de Junho a 21 de Outubro.  

Fraissat-FOLHAPRESS

O que faz pessoas dizerem que são brasileiras? O corpo brasileiro é o corpo negro, é o corpo mulato, mas claramente se misturou muito até chegar ao que somos hoje. Somos sim esse corpo negro porque fomos formados dessa maneira, por sua vez os portugueses e colonizadores não se atentavam ao fato de que eram poucos em meio ao contingente negro, entretanto pela força muitos foram escravizados e mortos durante o periodo que habitavam a terra brasileira dos séculos e séculos passados. Olhar esses negros retratados, essa histórias exposta no MASP e no Instituro Tomie Ohtake foi olhar para nós mesmos, como em um espelho mágico. E olhar para as fissuras e rugas doem por nos fazer perceber o sofrimento de uma raça, que subjulgada foi ainda mais afrontada pela superioridade européia, pretensamente superior. O homem branco fez o mundo a sua maneira e subjulgou os negros e tentou apagar a sua arte e o seu sorriso. A grande exposição celebra uma das mais ricas raças por meio de 450 trabalhos, por meio de 214 artistas que vão do século 16 ao século 21. Em meio a um país em convulsão pela eleição de um presidente que vilipendia a história negra desse país, essa exposição é um ar fresco em meio as ameaças contra os direitos conquistados com muito sofrimento por todos nós, enquanto nação. 
Uma menção honrosa aqui a exposição de Irving Penn, no Instituto Moreira Salles da Avenida Paulista.

Séries de TV

Barry. Criada e Produzida por Bill Hader e Alec Berg. Canal: HBO.

Bill Hader é um matador de aluguel.

Em um ano com tantas noticias ruins, uma série de TV me fez rir como nunca e me cativar toda a atenção. A HBO, para mim, fez a melhor coisa da TV nesse ano e junto de Bill Hader (um dos meus humoristas favoritos quando fazia SNL) e Alec Berg ('o cara' que esteve por detrás de Seinfield e do excelente Sillicon Valley) fizeram uma história excelente sobre um matador de aluguel que resolve começar a praticar teatro. Em uma sequencia de oito episódios de aproximadamente 30 a 35 minutos cada, essa série para mim se tornou um dos melhores exemplos de comédia tão excelente quanto dramas (que geralmente levam prêmios de melhores obras). A vida de matador e de ator, ao mesmo tempo que cria situações hilariantes, leva a profundas questões filosóficas. O tom da série é em desvendar um mistério que envolve gangues de chechenos e bolivianos. Os chechenos são hilários e todo o desfecho cria a expectativa de bons episódios para a segunda temporada.


E é isso. O que fica é a certeza de que a arte vai sempre ser instrumento de resistência e poder em meio a discursos de intolerância, medo e ódio. Ninguém solta a mão de ninguém aqui.

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Mostra Internacional de Cinema turbinada!

*A edição de 2018 estava em total sincronia com os tempos atuais e com produções premiadas além de inéditas!


Em meio a esse espaço e o outro que escrevo no Medium (medium.com/@henriquevoxx), tentei colocar as resenhas dos filmes que vi da Mostra nesse outro blog e aqui deixar os links que escrevi (com comentários adicionais):

The Man Who Killed Don Quixote - clique na imagem

A loucura do Don Quixote.

Uma das grandes surpresas da Mostra, o filme dirigido por Terry Gilliam quase não saiu do papel. Em meio a conturbados eventos, o diretor conhecido por seu papel na trupe inglesa Monty Phyton realiza uma obra atemporal sobre um homem que enlouquece sob a crença de ser de fato Don Quixote e de um cineasta que criou toda a confusão. Com Adam Driver e Jonathan Pryce.


Infiltrados no Klan - clique na imagem 

De olho no perigo atrás da porta.

Spike Lee lança um filme sobre ataques a outros sobre o pretexto da diferença de raças onde o americano branco é o algoz em sempre buscar meios de inferiorizar o cidadão negro, seja na policia, na politica e principalmente na sociedade. John David Washington está muito bem no papel do policial que se infiltra no KKK para descobrir as intenções do grupo na cidade.

A Favorita - clique na imagem

A disputa pelo poder.
Os olhos. As expressões. O som da trilha sonora. O som dos gritos. O som do choro. Em A Favorita, temos diante de nós cada detalhe em uma harmonia que aterroriza e subverte as boas intenções e bons modos de uma sociedade do século XVIII. O terror está nos risos, nas boas intenções. E o que vemos é uma comédia de humor negro que transforma o senso comum em uma barbárie. Yorgos Lanthimos cria um filme absurdo sobre os limites para se conquistar o poder.

Roma - clique na imagem

As dores e alegrias da vida.

O diretor mexicano Alfonso Cuaron nos faz uma homenagem sobre afeto e nostalgia. Dentro de histórias de vida contadas sob uma fotografia primorosa, uma edição de som e atuações profundas, Roma deixa de ser um drama qualquer sobre histórias de vida, mas se torna um espetáculo que nos emociona e cativa. A empregada quando sofre o coração partido. A patroa que sente o mesmo, por seu marido que a deixou. As crianças, a avó. Cada cena nos revela o quão pouco preparados estamos para lidar com o passado. Quando ele nos deixa boas memórias ou más memórias. Sentimos falta e nos apegamos as memórias.

Wildlife - clique na imagem

Atitudes inconsequentes.

Arrependimentos. O modo como realizamos nossos objetivos nos leva a pensar no conquistamos. Se conquistamos algo que nos trouxer arrependimentos, o sofrimento pode fazer a vida tomar caminhos que não desejamos. Em sua estreia como diretor, Paul Dano também escreve o roteiro desse filme junto com a sua parceira de outros filmes como ator, Zoe Kazan. A densidade que o filme possui nos toma de assalto e a forma como os atores Jake Gyllenhaal e Carey Mulligan levam a sério os seus personagens nos coloca como expectadores de uma discussão sem lados certos e errados.

Agora é esperar que Outubro de 1964...ops, de 2019 chegue logo.

sábado, 20 de outubro de 2018

A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Cobertura marota...

*O retorno daquele que não foi.

Pensando na vida: o filme de Desiree Akhavan que está na mostra paulistana.

Em tempos sombrios, somente o cinema pode nos proporcionar um meio de nos afungentar do medo e da dor de sobreviver a realidade. Como já diria o sábio Albert Camus, "Um homem sem memória é um homem sem passado. Mas um homem que não sabe fantasiar é um homem sem futuro". A fantasia sobre a vida nos pede para visualizar o desejo de alimentar os nossos sonhos, é por esse caminho que o cinema e as artes em geral nos convida a alimentar o intelecto e vislumbrar novas possibilidades e oferecer àqueles que o têm, a esperança de dias melhores. Que pode nunca chegar, mas que nos permite ter esperança de acreditar mesmo assim.

E é nesse clima de medo politico que a Mostra Internacional convida as pessoas a acreditar em histórias que vão contra o medo e nos provoca ousádia e esperança. Vou nesse espaço que deixei aos limbos por tempos em tempos, exercitar o meu senso crítico mas acima de tudo dialogar com as obras que vou ver nesse periodo de exibições ininterruptas de filmes. Filmes como "O mau exemplo de Cameron Post", da diretora Desiree Akhavan, "A Favorita", de Yorgos Lanthimos e os politicos "Infiltrado no Klan", de Spike Lee e o brasileiro "Rasga Coração", de Jorge Furtado e diversos outros.

O cinema, como a música e todo o tipo de arte sempre foi espaço para a manifestação de ideiais para um mundo melhor, seja esse um mundo possivel ou aparentemente impossivel. O mesmo Camus em seu livro Le mythe de Sisyphe (1960), já dizia: "L'absurde c'est la raison lucide qui constate ses limites". O absurdo será a razão lúcida que constata os seus limites. Nada passará incolume, intacto e inteiro. O mundo vai mudar e com ele os filmes estão aqui para contestar esse mundo e nos provocar ao pensamento. Essa Mostra vem a nós em um bom momento.


sábado, 4 de agosto de 2018

"Your mission, should you choose to accept it..."

* "Your mission, should you choose/decide to accept it, ... As always, should you or any of your Force be caught or killed, the Secretary will disavow any knowledge of your actions. This tape/disc will self-destruct in five/ten seconds. Good luck."

5,4,3,2,1...

Mais uma missão aceita... (Em Fallout, 2018)



Tom Cruise para mim é mais do que um simples ator que ganha a vida ao representar a sua arte, e por meio dela divulgar aquilo que deseja transmitir. O seu método de realizar a sua arte não se encontra na expressão da transformação de um personagem ao outro, ao imergir no conteudo que transmite. Cruise se lança em um método de se esforçar ao máximo e entregar personagens únicos. Não vou ficar em uma retrospectiva e analisar cada papel. Vou ficar só com o Ethan Hunt. Porque esse filme me fez vibrar com a ficção, com o cinema como a arte de entreter. Nunca vi a série de TV "Mission: Impossible" (mas pretendo me lançar algum dia a conferir), mas em cada filme feito por Cruise sou sempre o mesmo garoto que deitava no carpete preto do quarto da minha avó diante de uma televisão que passava o primeiro da série de filmes, dirigido pelo grande Brian De Palma. Lembro de assistir ao filme de 1996, com roteiro de David Koepp e Robert Towne e história de Steven Zaillian e David Koepp e aos 6 anos de idade sair extasiado com o tema da série/filme onde não parava de cantarolar pela casa de minha vó. Queria me juntar ao IMF, queria ser um agente secreto. Correr por ruas escuras da Europa e beijar mulheres sedutoras. Recordo do quanto amei o primeiro filme.


Sai a alguns minutos atrás da sessão do mais recente filme de uma série (literalmente) de SEIS filmes. O grande ator norte americano hoje com 56 "fucking" anos nascido em Syracuse, Nova York volta ao mesmo papel, que agora traz uma cadeia de novas histórias ao redor do personagem. O que o filme me causou hoje foi o mesmo tipo de reação do primeiro filme. A taquicardia. Já tive sérias reflexões sobre isso. Tenho que parar de entrar no filme, mas é tentador ser Hunt. Mas por quê? O seu charme e senso de responsabilidade pelo mundo o faz parecer meio pateta as vezes, mas isso o torna único. Em "Efeito Fallout", o ator reprisa o papel ao lado de atores vindos de outros filmes da série. Ving Rhames, o eterno Luther é o maior sobrevivente da série. Simon Pegg vem do terceiro filme, assim como Michelle Monaghan, reprisando o papel respectivamente de Benji e Julia. O alter ego aqui é Henry Cavell, onde em missão anteriores na sequencia delas foi de Jon Voight, Dougray Scott, Philip Seymour Hoffman, a bela Léa Seydoux e o sueco Michael Nyqvist e perigoso Sean Harris, que ainda aparece no novo "Fallout". Todos os vilões fizeram um bom trabalho em expor o por que são do mal, onde em boa parte é o sentimento similar de destruir o mundo. Cliché que sempre funciona, onde os roteiros ageis e bem desenvolvidos dão lugar a uma trama sempre atraente e sedutora.



Recordo-me de um Natal ou ano novo onde passei sozinho na casa do meus pais, uns anos atrás e resovi pegar todos as hisórias para rever até o quarto filme. A taquicardia era recorrente, como se fosse possível eu não sair vivo daquela missão que eu aceitei. O primeiro filme é todo aquele desfile de belos cenários na Europa, aquele aquario se despedaçando. A cena mais clássica da série ainda é do primeiro filme, onde prova que quando De Palma quer criar um ambiente mítico e cenas de tirar todo o fôlego do seu corpo, ele consegue. E como um sádico ele cria lentamente. O segundo filme já é mais porra louca, com as já caracteristicas cenas de ação do diretor chinês John Woo. A bela Thandie Newton e o cabelo cumprido de Cruise são marcantes, assim como aquela cena no final de cortar o oxigênio onde ele salta em uma moto e faz as mais inacreditáveis perseguições do cinema. No terceiro, o melhor filme de todos para mim. JJ Abrams, recém saído daquela série sobre um avião que caí em uma ilha com muitos passageiros, aparece para pegar todo aquele recheio da série, dos filmes anteriores e dos filmes de espionagem e lança Cruise na mais absurda aventura. Nunca saio inteiro desse filme, sempre deixo uma parte da minha alma na sala. Não é para principiantes ou aqueles que sofrem de ataques subitos no coração. Philip Seymour Hoffman define o filme, que começa tão tranquilo para Hunt que depois quando a coisa toda degringola chega a dar pena dos perreiros que ele passa. E o quarto chamado de "Protocolo Fantasma" é uma ode aos filmes de espionagem, com direção do incrível Brad Bird, que se aventura aqui no seu primeiro filme live-action depois de fazer sucesso com os filmes de animação da PIxar. Mulheres lindas em vestidos cortantes da ponta da coxa até os pés, carros estupendos e toda aquela tranquilaria que só poderia existir em filmes de 007. Cruise salta em prédio de Dubai e novamente me tira o ar do corpo. Tão bom rever Ving Rhames aqui. Lembro da nostalgia de o ver desde aquele primeiro filme, onde o clima frio aqui dá lugar a um clima quente.



O quinto filme, "Nação Secreta" talvez peca por parecer ser um recorte de todos os filmes de espionagem em geral, mas nutre uma trama tão envolvente que impossivel não achar tudo sensacional. Com direção de Christopher McQuarrie (o mesmo sujeito que dirige o novo filme, "Fallout" e os filmes de Jack Reacher, também com Cruise). No novo filme, Ethan Hunt é "o mesmo velho Ethan, de sempre", como confessa Luther para Julia em dado momento. Ele é o cara que "get the things done" ("faz as coisas darem certo"), sempre pensando no melhor para os seus companheiros. O sujeito se lança em uma espiral de momentos que eu achei estar em algum experimento de apnéia. E o faço simplesmente por não ver outra alternativa, ao entrar dentro da história com tudo (sempre faço isso) e ver tudo naquele limiar do fim. A vibração de sentir o pulsar daquele sujeito que por seis filmes se lança com tanto afinco, correndo no alto dos seus 56 anos de idade, pulando, saltando, machucando e salvando a todos quando a faísca no fio de polvora está próximo da bomba. Quando o relógio do detonador corre nos 15 minutos e só é interrompido nos 0,1 segundos. Impossível é sair vivo de uma sessão de Missão Impossível, onde com muito orgulho, confesso ter sobrevivido a cada um deles, apesar das taquicardias.


Uma curiosidade: o tema da série/filmes foi arranjada e conduzida por um argentino. O seu nome é Lalo Schifrin. Ele fez esse grande tema em 1967 para a série criada por Bruce Geller. Além disso, fez as trilhas sonoras de diversos filmes, como os inesqueciveis dos filmes dos filmes de Dirty Harry, para Clint Eastwood.







domingo, 4 de março de 2018

Os prêmios da Academia. O ano dos cinéfilos começa hoje.



* Por que raios ainda é tão atrativo assistir o Oscar?

Permita brevemente discorrer sobre o que significa pra mim escrever sobre uma premiação como o da Academia, ou o de Cannes, ou simplesmente sobre Mostras pela cidade, blockbusters e filmes independentes. Falar sobre cinema é um modo de canalizar a nossa propria fascinação por uma obra de arte que capta o nosso ser para fora do corpo. Como em uma magia somos levados a encarar sentimentos de outros em tela, sobretudo quando o diretor e atores trabalham tão bem e por isso o apreeço pelos filmes de premiação, pelo constante trabalho exepcional.

Julgar os melhores beira a um trabalho injusto. Premiar um bom trabalho significa ignorar aspectos que os outros podem ter e que o vencedor não possui. Por esse motivo, obras com conotação politica ou social tendem a levar os prêmios principais, mas esse é o intuito do cinema: transmitir uma visão da realidade também. Multiplas visões, capazes de dialogar com um evento e nos fazer ter reflexões sobre. O mais brilhante momento de filmes como o documentário "Os Ultimos Homens em Aleppo", de Feras Fayyad significa nos oferecer uma visão mais acurada e precisa do horrendo conflito na Siria. Ao ser indicado no Oscar desse ano, nos faz observar que o cinema e a realidade tem que estar em sintonia sempre, pois o mundo do cinema deve ser lúdico, mas acima de tudo real.

E nessa realidade temos os filmes principais do prêmio de número 90 da Academia de Artes Cinematográficas dialogando com um mundo cujos temas são o racismo, segregação, ameaça a imprensa, entre outros. Em "A Forma da Agua", de Guillermo Del Toro, o cenário é a imagem de um ser mágico que se vê preso em uma instalação americana do exército. Uma moça muda que trabalha na limpeza do lugar observa o ser anfibio e se apaixona. O amor e todo o trabalho de roteiro nos conduz a um retrato do próprio tempo de Hollywood nos anos dourados do cinema norte-americano. No outro lado temos uma mãe que ainda não recebeu justiça por um crime odioso emperpetrado contra sua própria filha. No espetácular "Três Anuncios para um Crime", o serviço do diretor Martin McDonagh é criar um espaço para grandes atores recriarem dramas passados dentro de uma ficticia cidade chamada Ebbing, no Estado do Missouri. Outro grande destaque recai sobre Dunkirk, do diretor Christopher Nolan, que em uma obra atemporal nos lança em um filme sem afeto ou sentimentalismo sobre os eventos que tomaram conta na praia francesa que dá nome ao filme, onde soldados ingleses e franceses buscavam sobreviver a morte. E claro, o filme de Jordan Peele, "Corra!", que redefine o gênero de filmes de suspense.

Nesse post vou colocar os meus favoritos em todas as categorias dessa premiação de hoje. Diferentemente de outros anos, me propus a ver literalmente os filmes de todas as categorias da premiação da Academia, para ter uma experiência ainda maior sobre os indicados. Como citei acima, vencer um prêmio significa pouco, diante do que está em jogo mas como eu adoro 1 - uma festa; 2- sobre filmes; 3 - com apelo a um glamour que enche sempre os olhos, me encanta participar, sem a pressão de ser um dos cerca de 6.000 votante da premiação, da premiação pela TV, julgando a tudo e a todos. Boa premiação para todos!

A festa será comandada pelo apresentador Jimmy Kimmel mais uma vez. Podemos esperar mais piadas com Matt Damon esse ano. Além de referências a politica americana e sobre o movimento Times Up e os escândalos de assédio.



clique no video abaixo:




Atriz Coadjuvante


Mary J. Blige, Mudbound: Lágrimas sobre o Mississippi

Octavia Spencer, A Forma da Água

Allison Janney, Eu, Tonya



Eu pessoalmente a recordo mais por uma série de TV que ela fez chamada "Masters of Sex", e de filmes como Juno e The Help. Aqui ela assombra. O papel da mãe da patinadora Tonya Harding (Margot Robbie) te faz rir e se assustar ao mesmo tempo, no mesmo momento em que a sua voz e trejeitos levam a personagem para um lugar obscuro.

Laurie Metcalf, Lady Bird: É Hora de Voar


Lesley Manville, Trama Fantasma



Longa-metragem de Animação 


O Poderoso Chefinho

The Breadwinner

Viva – A Vida É uma Festa (Lee Unkrich and Darla K. Anderson)


O que a Pixar sempre faz nos seus filmes é criar um mundo completamente diferente do que esperamos estar. Em "Coco" - "Viva - A Vida é uma festa" somos apresentados a um dos mundos mais interessantes de se contar: o da morte, e nele o personagem Miguel tenta encontrar uma saida do mundo dos mortos ao mesmo tempo que deseja ser um músico no mundo dos vivos. Uma bela homenagem a cultura do México.

O Touro Ferdinando

Com Amor, Van Gogh



Filme em Língua Estrangeira



Uma Mulher Fantástica (Chile) (Dirigido por Sebastián Lelio)


O cinema chileno anda cada vez melhor. Depois do esplêndido "Gloria", de 2013, o cineasta Sebastián Lelio cria um filme sobre perdas e conquistas. "Una Mujer Fantastica" utiliza do lúdico e de belos dialogos para tratar de preconceitos. Dificil sair do cinema da mesma maneira como entramos depois do final lindo, que propõe uma ode a quem somos. 

O Insulto (Líbano)

Loveless: Sem Amor (Russia)

Corpo e Alma (Hungria)

The Square: A Arte da Discórdia (Suécia)



Roteiro Original


Doentes de Amor

Corra! (escrito por Jordan Peele)



PRESENT DAY - INT. MISSY’S OFFICE. NIGHT 

Chris nods and cries. 

CHRIS --Found it. 

MISSY (realizing) You think it was your fault. 

Chris nods. 

TING TING. TING TING. MISSY (CONT’D) 

I want you to feel that fear again, Chris. 

CHRIS I don't want to. 

MISSY It's okay. I'm here. 

Chris trembles anxiously.

Baixe aqui todo o roteiro de "Get Out" ("Corra!") - DOWNLOAD

Jordan Peele escreve um roteiro que se formos observar a sua própria estrutura, cria uma sequência de momentos aterrorizantes sem nada muito simples de entender. O plot twist aqui faz com que a própria narrativa se adequasse a tudo o que haviamos visto desde o começo do filme. Um belo filme de suspense, com doses de humor, em um filme puramente dramático. Merece vencer pois seria uma categoria que mesmo na ausência de outros prêmio, o filme merece sair com um Oscar para Peele. (Diretor se tornou impossivel). 

Lady Bird: É Hora de Voar

Três Anúncios para Um Crime

A Forma da Água




Roteiro Adaptado




Me Chame pelo Seu Nome (escrito por James Ivory. Baseado no livro de André Aciman)



OLIVER listens, now looking at Elio straight in the face. 

OLIVER 
That voice of wisdom is your most winning trait. Do you like me that much, Elio? 

ELIO 
Do I like you? Do I like you, Oliver? I worship you. 

OLIVER’s face softens. He is touched by Elio’s forthright and brave avowal. 

OLIVER 
I’ll go with you but - no speeches. 

ELIO 
No speeches, not a word

Baixe aqui o roteiro de "Call Me By Your Name" ("Me Chame pelo seu Nome") - DOWNLOAD

O filme retrata as descobertas do amor. Que tipo de amor seria esse? James Ivory já ganhou um Oscar por roteiro adaptado pelo filme "A Room With a View", acredito que seja Uma Janela para o Amor, nos anos oitenta. Aqui temos um filme tão intenso na sua condução que beira a um dos mais belos trabalhos de romance do cinema.

O Artista do Desastre

Logan

A Grande Jogada

Mudbound: Lágrimas sobre o Mississippi



Direção de arte


A Bela e a Fera

Blade Runner 2049

O Destino de Uma Nação

Dunkirk

A Forma da Água (Paul Denham Austerberry (Production Design); Shane Vieau and Jeffrey A. Melvin (Set Decoration))



Bela recriação de cenários, sobretudo nas cenas na casa da personagem e nos momentos com o ser anfibio.


Direção de Fotografia

Blade Runner 2049 (realizado por Roger Deakins)



Depois de 14 indicações, se o brilhante diretor de fotográfia Roger Deakins não levar o Oscar, podemos todos chamar essa premiação de golpe?

O Destino de Uma Nação

Dunkirk

Mudbound: Lágrimas sobre o Mississippi

A Forma da Água



Figurino


A Bela e a Fera


O Destino de Uma Nação

Trama Fantasma (criado por Mark Bridges)


Inglaterra. Pós Segunda Guerra Mundial. O trabalho de Mark Bridges novamente em filme de época ("O Artista", "Inherent Vice", entre outros) é de encher os olhos. Em um filme cuja temática se trata justamente do mundo da moda, o estilista da vida real cria grandes figurinos.

A Forma da Água

Victoria e Abdul: O Confidente da Rainha



Mixagem de Som


Baby Driver - Em Ritmo de Fuga

Blade Runner 2049

Dunkirk (realizado por Gregg Landaker, Gary A. Rizzo and Mark Weingarten)


O mais incrível de assistir "Dunkirk" em uma sala XD ou IMAX é justamente ser tomado pela sensação de que a equipe por trás da edição e mixagem de som do filme deu um passo a frente não somente nos indicados desse ano, mas no cinema recente.



A Forma da Água

Star Wars: Os Últimos Jedi



Edição de Som

Baby Driver - Em Ritmo de Fuga

Blade Runner 2049

Dunkirk (realizado por Richard King and Alex Gibson)



Sem dúvida. Deve ganhar, eu espero. Junto com mixagem de som. "Dunkirk" merece ganhar todos prêmios técnicos possivel.


A Forma da Água

Star Wars: Os Últimos Jedi




Trilha Sonora Original


Três Anúncios para Um Crime

Dunkirk (composto por Hans Zimmer)




Hans Zimmer cria uma trilha sonora que consiste em um som que emula os tique-taque de um relógio. Agora pensa ouvir uma trilha sonora como essa assistindo soldados ingleses e franceses sobrevivendo em uma praia cercada por nazistas.
Trama Fantasma

A Forma da Água

Star Wars: Os Últimos Jedi


Edição

Baby Driver - Em Ritmo de Fuga

Dunkirk (realizado por Lee Smith)



Em um filme de Christopher Nolan, sua equipe técnica tende a ser a mesma. Aqui em "Dunkirk o trabalho é de Lee Smith. Um dos grandes trabalhos do ano. "Baby Driver", aqui seria um vencedor que ficaria feliz.

Eu, Tonya

A Forma da Água

Três Anúncios para Um Crime



Efeitos Visuais

Blade Runner 2049 (criado por John Nelson, Gerd Nefzer, Paul Lambert and Richard R. Hoover)


Em um sublime mundo criado por uma equipe que leva além o mundo futuristico do primeiro "Blade Runner"

Guardiões da Galáxia Vol. 2

Kong: A Ilha da Caveira

Star Wars: Os Últimos Jedi

Planeta dos Macacos: A Guerra



Maquiagem e Cabelo


O Destino de Uma Nação (realizado por Kazuhiro Tsuji, David Malinowski and Lucy Sibbick)


Os concorrentes (que são menores aqui do que em outras categorias), são igualmente bons exemplos de um belo trabalho com maquiagem, mas a transformação de Gary Oldman em Winston Churchill será memorável para anos a frente.

Extraordinário

Victoria e Abdul: O Confidente da Rainha



Canção Original


"Mighty River", Mudbound – Lágrimas sobre o Mississipi (Música e Letras compostas por Mary J. Blige, Raphael Saadiq e Taura Stinson)



Uma canção que fala sobre a união, mesmo que isso doa. Mary J. Blidge (também indicada a melhor atriz coadjuvante), cria um belo retrato do filme e do racismo na América.

Mystery of Love, de Me Chame pelo Seu Nome

Remember Me, de Viva – A Vida É uma Festa

This Is Me, de O Rei do Show

Stand Up for Something, de Marshall



Documentário em longa-metragem



Abacus: Pequeno o Bastante Para Condenar

Visages, Villages (dirigido e realizado por Agnès Varda e JR)


Um filme que merecia ser indicado a Melhor Filme e não a melhor Documentário em longa-metragem. Aqui é barbada. Um dos melhores filmes desse Oscar. Segue a resenha que fiz desse filme. LEIA AQUI.

Ícaro

Últimos Homens em Aleppo

Strong Island



Documentário em curta-metragem

Edith+Eddie

Heaven Is a Traffic Jam on the 405 (dirigido por Frank Stiefel)


Quem deve levar o Oscar aqui é Heroin(e), mas "Heaven Is a Traffic Jam on the 405" conseguiu me chamar mais atenção que os outros indicados por tratar de forma afetuosa e emocionante a luta de uma notável artista plástica que luta contra doenças mentais. SEGUE O FILME COMPLETO ACIMA. 

Heroin(e)


Knife Skills

Traffic Stop



Curta-metragem

DeKalb Elementary (dirigido por Reed Van Dyk)


Confesso que não consegui ficar sem o meu coração batendo forte nesse filme. O filme que tem vinte minutos está para aluguel no serviço Vimeo OnDemand. Baseado em uma história veridica sobre chamada para o 911 nos Estados Unidos que mostra a fragilidade da questão sobre o controle de armas no país.

The Eleven O’Clock

My Nephew Emmett

The Silent Child

Watu Wote/All of Us



Curta-metragem de animação


Dear Basketball

Garden Party

Lou

Negative Space (dirigida por Max Porter e Ru Kuwuhata)


Quem deve ganhar nessa categoria do Oscar não esse filme, "Negative Space", mas o filme da Pixar, "Lou". Se o mundo fosse justo gostaria que essa animação francesa vencesse. Max Porter e Ru Kuwuhata, os criadores do filme contam uma história sobre objetos que carregamos na vida (inclusive em um caixão, um dos ulimos objetos que temos na vida).

Revolting Rhymes



Ator Coadjuvante

Christopher Plummer, Todo o Dinheiro do Mundo

Willem Dafoe, Projeto Flórida

Richard Jenkins, A Forma da Água

Woody Harrelson, Três Anúncios para Um Crime

Sam Rockwell, Três Anúncios para Um Crime


Merece ganhar porque Sam Rockwell é um ator brilhante e ganhou no papel de Jason Dixon um sujeito que age de maneira inconsequente mas se redime e mostra que o ser humano assim como para o pensador Rousseau não nasceu um homem mal, mas o mundo o tornou assim. Ele nos deixa com raiva dele e ao mesmo tempo sentimos toda a sua dor proximo do final de "Três Anuncios para um Crime".


Melhor ator

Daniel Day-Lewis, Trama Fantasma

Daniel Kaluuya, Corra!

Gary Oldman, O Destino de Uma Nação


Daniel Day-Lewis é o meu favorito nesse prêmio, pelo seu papel em 'Trama Fantasma", entretanto Gary Oldman nunca venceu um Oscar e o seu papel merece toda a nossa atenção. Sua voz no personagem e os trejeitos de Winston Churchill parecem muito verdadeiros.

Denzel Washington, Roman J. Israel, Esq.


Timothée Chalamet, Me Chame pelo Seu Nome



Melhor Atriz

Frances McDormand, Três Anúncios para Um Crime


Sempre vou lembrar da Frances McDormand do filme que a levou a ganhar o seu primeiro Oscar, por Fargo (filme de 1996 escrito pelos irmãos Coen). Aqui com o diretor inglês Martin McDonagh em "Três Anuncios para um Crime" ela se eleva a um patamar ainda maior. Seu rosto frio de uma mãe que perde a filha e guarda rancor e ódio no coração nos conquista, por demonstrar ao mesmo tempo uma garrafa e busca por alguma justiça, seja ela qual for.

Margot Robbie, Eu, Tonya


Meryl Streep, The Post: A Guerra Secreta

Sally Hawkins, A Forma da Água

Saoirse Ronan, Lady Bird: É Hora de Voar



Melhor Direção


Christopher Nolan, Dunkirk

Greta Gerwig, Lady Bird: É Hora de Voar

Guillermo del Toro, A Forma da Água


Del Toro tem que se juntar aos seus colegas mexicanos Alfonso Cuaron e Alejandro Gonzalez Iñarritu e levar o Oscar de melhor direção pelo seu filme mais ambicioso, o mágico e politico "A Forma da Agua". Sua direção cria um ambiente fácil de entrar uma vez que a tela se acende e emocionante quando a tela se apaga. Uma homenagem ao cinema como Hollywood gosta, mas uma das grandes histórias nunca contadas.

Paul Thomas Anderson, Trama Fantasma

Jordan Peele, Corra!



Melhor Filme



Me Chame pelo Seu Nome

O Destino de Uma Nação

Dunkirk

Corra!

Lady Bird: É Hora de Voar

Trama Fantasma

The Post: A Guerra Secreta

A Forma da Água

Três Anúncios para Um Crime (Graham Broadbent, Pete Czernin and Martin McDonagh



Quando sai da sessão de "Três Anuncios para um Crime" ("Three Billboards outside Ebbing, Missouri") exibida no Espaço Itaú na Augusta em janeiro tive a sensação de ter visto um filme sobre provocações. Nós sentados nos assentos fomos os mais provocados por testemunhar um filme que dialoga todo o instante sobre moral, ética. Pensadores viriam esse filme e conseguiria uma análise profunda sobre a condição humana. O diretor Martin McDonagh deixa uma obra-prima que se constroi para o seu final, que não nos entrega respostas do que aconteceu, mas nos faz imaginar o que pode acontecer afinal. Na vida por mais que tentamos ter resultados, as vezes morremos com uma ideia subjetiva de tudo. Muito bem filmado, com um roteiro afiado, esse filme merece muito vencer o prêmio pela Academia hoje.
Meus centavos a mais sobre o filme - LEIA AQUI


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